125 anos da Imigração Libanesa

Líbano-Santuário da História


"Beryt Nutrix Legum", Beirute Mãe das Leis, assim era denominada esta cidade que deu a luz às letras jurídicas. Entre seus mestres, vamos encontrar Ulpiano e Papiano.

A civilização nasceu e tomou corpo no litoral do Líbano e, dos seus cais, zarparam os nautas fenícios, levando os seus princípios a todos os recantos do mundo daquela época.

Em Biblos, a cidade mais antiga do mundo, os fenícios fundaram a primeira escola que a humanidade tem memória. Nesta cidade, a indústria do livro prosperou tanto que seus produtos, até nossos dias, levam nomes derivados dela, assim como: Bíblia, biblioteca, bibliografia, bibliogênese, etc.

As nações contemporâneas aos fenícios faziam, de sua sabedoria, um mistério. Os fenícios ensinavam tudo o que sabiam para todos os povos e, quando pegavam uma faísca dos outros, aperfeiçoavam-na, transformavam-na em sol e faziam com que ela fosse conhecida e aplicada por toda Humanidade.

Descobriram a púrpura, os princípios da física nuclear, o cimento, o cobre amarelo, a fabricação do vidro transparente, a Estrela Polar, as ciências médicas. Estabeleceram o relacionamento entre os povos, eram o eixo mundial do comércio. Dobraram o Cabo da Boa Esperança séculos antes da Era Cristã e chegaram à América dois mil anos antes de Colombo.

Instituíram os princípios da navegação e desvendaram todos os mistérios dos mares. Se hoje possuímos as cartas de navegação, o estudo das constelações celestes, a simetria, dados geográficos e muitos outros feitos da vida marítima, agradecemos a estes nautas audazes que foram os bandeirantes da civilização.

Não uniram apenas as terras e os mares, mais que isso, universalizaram a comunicação escrita, instituindo o alfabeto, substituindo os milhões de imagens gráficas regionais e locais, pelas fonéticas, os sinais dos sons, representados por 22 letras, colocando esta inovação ao alcance de todas as camadas sociais e, por seus navegadores, semearam-no por onde passavam e alçaram com o mundo para uma nova era : a ERA DO ALFABETO.

Este país que é o cofre do tesouro da memória do homem, onde vamos achar em cada palmo de terra uma história e, em cima de cada rochedo, um testemunho.

Este povo, seis vezes milenar, que no decorrer de todos estes séculos nunca agrediu uma outra nação e nunca pegou em armas a não ser para defender-se internamente das agressões.

Este Líbano que inundou a alma humana com o aroma da bondade na poesia imortal de Gibran Kalil Gibran.

Este Líbano que deu tanto ao mundo, completa no dia 13 de abril deste ano, 18 catastróficos anos, motivados pelos mais diferenciados interesses estranhos ao Líbano e aos libaneses.

O Líbano não pode ser esquecido, ele é patrimônio cultural da humanidade. O povo libanês permanecerá soberano enquanto existir consciência na face da terra.

O Líbano permanecerá Líbano porque o Criador o fez para ser eterno.

 


 

 

 


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